Foto: Fernando Barcelos
Psicologia positiva, também conhecida como “a ciência da felicidade”, busca auxiliar aqueles que buscam bem-estar emocional. Mas será que estamos dando atenção a essa necessidade como deveríamos? É possível ensinar alguém a ser feliz? Estes foram os temas do Faz Sentido do último domingo, 29 de maio. Para falar nesse assunto, a jornalista Fabiana Sparremberger recebeu a psicóloga Luciane Piccoloto.
Conforme Luciana, a psicologia positiva se consolidou através dos estudos de Martin Seligman, criador do conceito. Esta ciência foca na busca do bem-estar ao longo da vida, através da gestão das emoções, comportamento e hábitos:– Este estudo proporciona uma saúde mental de qualidade, que impacta positivamente em todas as áreas da vida seja no trabalho ou nas relações.
No entanto, segundo destaca a jornalista, é mais comum que as pessoas coloquem atenção nos problemas e nos aspectos negativos do dia a dia.– Focamos nossa atenção sempre naquilo que está nos faltando ou que está ruim. É difícil pararmos e nos darmos conta de tudo aquilo que já conquistamos. Deveríamos prestar mais atenção aos pequenos prazeres da vida, como ter uma boa noite de sono – aponta Fabiana.
Mas como mudar esse hábito tão nocivo? Existe um “treino” que auxilie as pessoas a olharem a vida com “bons olhos”?. De acordo com Luciana, há várias maneiras de mudar essa realidade, entre elas, fortalecer nossas virtudes e pontos fortes:– É possível exercitar novas rotinas, com foco em sabedoria, conhecimento, coragem, humanidade, justiça, temperança e transcendência.
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Virtudes
Luciana reforça os benefícios da sabedoria e conhecimento para nosso intelecto, tanto em relação a instigar o cérebro, quanto para se ter uma mente receptiva para novos conceitos:– Desejar conhecer e explorar o mundo nos faz ter motivações para agradecer pela vida.
A realização de se colocar em práticas os novos aprendizados é uma grande motivadora, de acordo com Fabiana:– A sensação de dever comprido é maravilhosa. É necessário, ainda, investir tempo em nós mesmos, com meditação e reflexão, bem como ter coragem para ir atrás da felicidade, independentemente da opinião alheia.E para dar conta desse processo, coragem é fundamental.
Já a humanidade, outra virtude explorada pela psicologia positiva, remete à importância das relações. Cercar-se de pessoas que agregam valores umas as outras é saudável. Junto a isso, a satisfação deve ser buscada, também, em outras áreas, como no trabalho.
– Meu propósito é fazer a diferença na vida dos que me rodeiam e, de alguma forma, ajudar os outros. Com o jornalismo, tenho a possibilidade de fazer isso – comenta Fabiana.
De acordo com a psicóloga essa união de propósitos da vida pessoal com a profissional faz com que tenhamos foco para fazer o que nos faz bem. É o chamado estado de “flow”:– Trata-se de uma imersão. Geralmente, entramos nele quando encontramos nosso propósito. Independentemente do que for, seja no trabalho ou em casa. Isso proporciona momentos de energia e prazer durante a execução. É aí que vem a felicidade.
Ao mesmo tempo em que estamos buscando a felicidade, é necessário aprender a gerenciar os momentos de tristeza. A jornalista aponta sobre o medo ou até mesmo a falta de habilidade que temos de lidar com momentos de tristeza, que são necessários na vida.
A psicóloga explica que a felicidade está interligada com a habilidade de equilibrar diferentes emoções, como as oriundas de momentos de fraqueza e vitória.– Se desejamos que determinado comportamento vire hábito, precisamos colocá-lo em prática. O mesmo acontece com a felicidade. Quando temos consciência do que nos faz bem, tudo passa a ser direcionado no mesmo sentido – conclui Luciana.
Confira o programa completo que foi ao ar na Tv Diário:
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